sexta-feira, 12 de junho de 2009

Tamandaré e Praia dos Carneiros (PE)

Tamandaré e Praia dos Carneiros: que lugares são estes?!? Para chegar a Tamandaré peguei uma lotação de Porto de Galinhas até Ipojuca, outra de Ipojuca até Rio Formoso e de Rio Formoso um ônibus até Tamandaré. Desci na estação final, num bairro de Tamandaré que fica próximo a Praia dos Carneiros.

Cheguei segunda-feira à noite e fiquei duas noites na pousada Cambará, a trezentos metros da praia. Fátima e Zazá, gaúchos de Cruz Alta, que moram há 15 anos em Tamandaré, são os donos da pousada e merecem a propaganda (a propaganda é modesta, mas de coração...rs) pela simpatia que oferecem, além da pousada ser bem gostosa. Não é à toa que o Guia Quatro Rodas Viaje Bem e Barato indica o lugar.

O lance é chegar e se informar sobre o horário da maré baixa. Em Tamandaré, com maré baixa, você vai caminhando para as piscinas naturais. Peguei uma manhã de sol e o mar é lindo! Aproveite o intervalo entre uma chuva e outra e aproveitei para ir a Praia de Carneiros. Peguei uma moto-taxi e cheguei lá ainda com a maré baixa – o que é importante para curtir o lugar. Quem tiver a chance, deve conhecer... vale muito a pena!

O único problema é que, na época de chuva, as ruas – em sua grande maioria de terra – ficam bem complicadinhas de caminhar... formam suas piscinas naturais também... rs...

Neste período Tamandaré é super tranqüila. Disseram que de dezembro até o fim do carnaval a cidade fica lotada e para quem gosta de paz, sossego e não quer muita chuva -- meu caso – o melhor período para visitar a cidade é nos meses de setembro, outubro, novembro, março e abril.

Deu vontade de ficar mais, mas estou como Zé-Qualquer, da música de Chico Buarque que também se chama Tamandaré, sem samba, dinheiro, sem Maria sequer, sem qualquer paradeiro... então, vou embora feliz por ter conhecido o lugar e, especialmente, as pessoas do lugar... vou embora cantando:

“Zé qualquer tava sem samba, sem dinheiro
Sem Maria sequer
Sem qualquer paradeiro
Quando encontrou um samba
Inútil e derradeiro
Numa inútil e derradeira
Velha nota de um cruzeiro

"Seu Marquês", "Seu" Almirante
Do semblante meio contrariado
Que fazes parado
No meio dessa nota de um cruzeiro rasgado
"Seu Marquês", "Seu" Almirante
Sei que antigamente era bem diferente
Desculpe a liberdade
E o samba sem maldade
Deste Zé qualquer
Perdão Marquês de Tamandaré
Perdão Marquês de Tamandaré

Pois é, Tamandaré
A maré não tá boa
Vai virar a canoa
E este mar não dá pé, Tamandaré
Cadê as batalhas
Cadê as medalhas
Cadê a nobreza
Cadê a marquesa, cadê
Não diga que o vento levou
Teu amor até

Pois é, Tamandaré
A maré não tá boa
Vai virar a canoa
E este mar não dá pé, Tamandaré
Meu marquês de papel
Cadê teu troféu
Cadê teu valor
Meu caro almirante
O tempo inconstante roubou

Zé qualquer tornou-se amigo do marquês
Solidário na dor
Que eu contei a vocês
Menos que queira ou mais que faça
É o fim do samba, é o fim da raça
Zé qualquer tá caducando
Desvalorizando
Como o tempo passa, passando
Virando fumaça, virando
Caindo em desgraça, caindo
Sumindo, saindo da praça
Passando, sumindo
Saindo da praça
Passando, sumindo"





Não sei se dá pra ver, mas tem dois caras em pé lá no meio do mar







Praia dos Carneiros:
Chegando a Praia dos Carneiros... com a maré baixa, chega-se de moto-táxi pela praia






Com a maré subindo...




Luiz, Zazá e Fátima, Pousada Cambará

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