terça-feira, 23 de junho de 2009

Aracaju -- SE

Dormi boa parte das duas horas de viagem entre Neópolis e Aracaju. Sem muitas informações sobre a cidade que estava chegando e sem estar totalmente acordado ainda, aceitei a sugestão de saltar do ônibus que me levou até a rodoviária para outro, da mesma companhia, que me levaria, de graça, para o centro da cidade. Pelo menos sabia que estava indo em direção ao centro, o que julgava ser uma boa idéia: centro significava grande quantidade de pousadas onde pudesse me hospedar. Passa, vira, anda, contorna e chegamos à estação final: a integração do centro. Era o último a descer, mochila nas costas, chamei o cobrador e perguntei – uma pergunta muito comum até aqui, nesta viagem:

– Com licença, boa noite, uma pergunta: onde eu estou?

– Onde você quer ir? – o cobrador.

– Na verdade, estou chegando para conhecer a cidade, preciso arrumar uma pousada baratinha...

– Meu amigo, se você descer aqui vão te deixar só de cueca.

Para resumir a história. O motorista e cobrador, comovidos com a minha situação (rs), me ofereceram uma carona até uma pousada que o cobrador disse que conhecia e era boa e barata. “Ótimo”. Mas antes eles precisavam abastecer o ônibus e levar para a garagem para lavar. Eles me deixaram num ponto de ônibus com a seguinte ordem: “Espere a gente aqui. Não converse com ninguém, finja que está esperando um ônibus, que a gente já volta”.

Obedeci. Fiquei lá um bom tempo. Tempo suficiente para levantar a possibilidade dos dois não aparecerem mais. Engano; eles tardaram, mas não falharam. Subi novamente no ônibus, agora limpo, e fui sem saber para onde estava indo.

No dia seguinte eu descobri onde estava – na entrada da cidade, ou saída... estava levemente fora da cidade –, mas até ali não tinha a menor idéia de pra que lado deveria ir, nem se fosse para fugir de lá. Um lugar bem estranho, principalmente no escuro da noite. De qualquer forma, não estava ainda tão preocupado. Tenho uma amiga na cidade, a artista plástica, Cláudia Nên, e, chegando onde chegasse, bastava um telefonema para ela me dar umas coordenadas e eu conseguir me virar. Aí que a porca começou a torcer o rabo. Cheguei numa pousada – no mínimo – duvidosa, deixei minha mochila, e fui atrás de um telefone público para ligar para Cláudia, neste momento, já como quem liga para sua salvadora. Sete telefones públicos consultados nas redondezas, sete aparelhos quebrados.

Voltei para a pousada e prometi para mim mesmo uma noite de fazendeiro: ia dormir cedo e acordar antes do galo cantar para sair daquele lugar. Queria sair daquela cidade! Eis que consigo contato, pela internet, com a Cláudia... Foi ela quem mudou a imagem que estava fazendo de Aracaju! rs... Ela e seus pais, dona Bete e seu Ita. No dia seguinte ela e sua amiga Marcella me levaram para conhecer a cidade... tive o prazer de conhecer ainda Fábio e Vanessa... Ia embora no dia seguinte, mas fui tão bem recebido que fiquei mais um dia... todos foram muito bacanas comigo, só tenho a agradecer e, graças a esses pessoal, posso escrever hoje que Aracaju é uma cidade muito bacana de se conhecer...

Dia 18, saí cedinho rumo a Estância, para de lá ir para Pontal, para de lá atravessar o rio Real e chegar à linda Mangue Seco, na Bahia... logo, em poucas palavras e muitas imagens, explico melhor...

Ah, em tempo, a Cláudia Nên faz e comercializa camisetas com seus desenhos... Ela está produzindo um sítio onde irá comercializá-las... Assim que estiver pronta a página, vou divulgar por aqui: vale a pena... A próxima postagem, trará a foto de uma delas...





















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