terça-feira, 2 de junho de 2009

O começo: Goiana (PE)


Depois de sete meses na Paraíba, morando em Cabedelo, grande João Pessoa, inicio a volta para São Paulo. Começo a viagem dia 31 de maio com três grandes amigos: Leandro, Íris e, a filhinha deles, Sara. Além de serem eles os responsáveis pelo roteiro da minha volta, e me hospedaram em sua casa durante a última semana, eles compartilharam comigo minha primeira parada. Cinquenta quilômetros até Goiana, cidade localizada no lado pernambucano da divisa entre Paraíba e Pernambuco.

A cidade tem um monte de igrejas históricas e praias que, dizem – não as conheci –, são muito bonitas. Mas esta cidade entrou em meu roteiro por outro motivo. Goiana ficou famosa e atraiu famosos como Chacrinha, Chico Anysio, Leonel Brizola, Juscelino Kubitschek – entre tantos devidamente registrados numa porção de fotos que cobrem mais de quatro paredes do restaurante – curiosos por um guiamum treinado para servir cerveja aos clientes do restaurante Buraco da Gia. O “caranguejão” só faz sua apresentação nas mãos de seu Luiz, ou Luiz do Buraco da Gia. Luiz e guaimum percorrem as mesas e quem quiser pode tomar sua cerveja servida pelos dois: já que seu Luiz encaixa o copo na patola do caranguejo, que só faz segurar o copo inclinado.

O profissão do guaimum é estressante. Se os copos começarem a cair ele vai pra panela. Por isso, depois do expediente, ele descansa numa rede especialmente criada para acomodá-lo.

De Goiana, me despedi de meus amigos Leandro, Íris e Sara e segui para Ilha de Itamaracá, a 40 quilômetros, onde passarei uma noite e um dia.



5 comentários:

  1. Olá querido Lu!
    E vida boa esta vida de Guaiamum... Vive da e na boemia e, quando as patolas estão cansadas, tem uma rede especial para descansar...
    Boa viagem! Estamos acompanhando tudinho...
    Grande beijo, Ju

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  2. É isso aí Gustavo, o blog começou com tudo! Estamos na torcida acompanhando tudo. Abraço e se cuida. Leandro

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  3. Essa viagem já está sendo bacana. Gostei das suas descobertas.
    Demais as esculturas (foi o artesão quem as fez ou são da época dos holandeses?).
    Vc vai colecionar "causos"!
    Aproveite.
    Beijos nossos,
    Carmen

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  4. Olás, Gú...
    Muito boa a sua foto, tomando cerveja direto das patolas do Guaiamun!!! e olha, que quando me contaram essa história, eu achei que era lenda...rs
    É isso aí, começou a aventura né...e que venham muitas peripécias e histórias pra gente acompanhar...
    Beijos, beijos,
    Joyce

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  5. Valeu a todos pelos comentários!

    Carmen, as esculturas foram feitas por um amigo do artesão que as deu de presente para enfeitar o interior do forte... Uma é Nossa Senhora (não sei das quantas) e o outro é São Francisco (de não sei o que lá)... Há duas explicações para a caverinha colada no São Francisco: uma diz que ele havia previsto a morte e a caveira representa a morte o acompanhando (essa é a que faz mais sentido em meu ponto de vista); a outra versão diz que a caveira representa a fome do povo nordestino... Foi o que me explicaram lá...

    Saudações a todos...

    Ah, a propósito, dicas e sugestões -- além das críticas, é claro -- também são bem-vindas...

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