terça-feira, 2 de junho de 2009

Ilha de Itamaracá – 31 de maio à noite, 1º de junho


De Goiana a Ilha de Itamaracá -- que fica 50 quilômetros ao norte de Recife -- peguei um ônibus bem carinho: 13 reais por uma viagem de 30 minutos. Mas para não chegar lá à noite, até valeu. O ônibus me deixou na BR-101, próximo a uma integração de ônibus bem na entrada de Igarassu, a 20 quilômetros da ilha. Mais R$ 1,45 para o coletivo e em 20 minutos desci no centro da cidade. No caminho, paisagens bem bonitas.

Fiquei pouco tempo em Itamaracá: apenas uma noite e um dia. E, como faço esta viagem durante o inverno (no nordeste, leia inverno = chuva), choveu a maior parte do tempo, sobrando pouco tempo para conhecer melhor a ilha. À noite, fui a praça Pilar (se a memória não estiver me traindo), no centro da Ilha e, confesso, fiquei um pouco assustado no começo. Mas logo entendi a lógica local e fiquei mais tranqüilo. A questão é: eles têm caixas poderosas de som, e é forro, né? Forró, não; forró e funk. E é claro que não estamos falando de Luiz Gonzaga ou James Brown.


Durante a tarde do dia seguinte, peguei o trenzinho – um dos poucos, porém mal cuidado, suspiros que a ilha oferece de infra-estrutura para turistas (pelos menos para os de mochila nas costas). O trenzinho (uma caminhonete adaptada com acentos abertos) faz o percurso entre Jaguaribe – que quando me disseram ser o lugar de mais “agito” na ilha, decidi não conhecer – passando pelo centro da ilha até chegar ao extremo sul, onde fica o Forte Orange. Aqui vale uma nota. O motorista do trem (este “trem” não tem maquinista...rs), trabalhava com este mesmo trem há 15 ou 20 anos atrás em Mongaguá, litoral de São Paulo. O cara é de São Vicente. Então, imagine o estado de conservação do trenzinho de Itamaracá. Bom, mas chegando ao Forte, único passeio que fiz na Ilha.



O Forte Orange foi construído em 1631 pelos holandeses, depois foi ocupado pelos portugueses... destrói aqui, constrói ali, até... Até o artesão e ex-presidiário – a Ilha tem dois presídios –, condenado no fim dos anos 60 por homicídio, Zé Amaro conhecer e se apaixonar pelo Forte. Que nos anos 80 conseguiu o direito de morar no Forte e viver de seu artesanato. No pequeno museu, entre espadas, balas de canhões, moedas da época, e até fragmentos de ossos humanos, encontramos diversas matérias publicadas sobre este personagem que acabou tornando-se mais um atrativo de lá. Infelizmente, ele não estava quando fui lá... não tive a honra de conhecê-lo.





Dos muros do Forte, ainda avista-se Coroa de Avião. Um banco de areia formada na década de 80 pela correnteza do mar e que hoje abriga bares e restaurantes.

Disseram, ainda, que vale o passeio à Ilha do Sossego (se não me engano, ao norte de Itamaracá), mas Itamaracá tem poucas opções de pousadas e não pude ficar mais tempo para conhecê-la melhor... Ah, além disso, lá tem o projeto Peixe-Boi do Ibama, que fica colado ao Forte Orange, mas eles não abrem às segundas... então...

Em frente ao Projeto Peixe-Boi do Ibama peguei um ônibus por 2,80. Com ele, fui à integração de Igarassu; de lá, peguei outro ônibus para a integração de Abreu e Lima; de Abreu e Lima mais um ônibus até Olinda... uma horinha de viagem por uma passagem só... e um sono... um sono de bastar piscar e para os sonhos invadirem.

























2 comentários:

  1. a ilha de itamaraca pelo geito é bem cuidada por vcs em ?eu espero que ela continui assim sempre assim para todos nós....bjs!♥

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  2. DEBORA SANTO DA COSTA24 de março de 2010 às 14:33

    essas fotos sao muito lindo,eu amei a ILHA DE ITAMARACA.BEIJOS

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